O gole
quando faço o que penso
existir
apenas desabrocho a farfalhar.
(duas janelas azuis turquesa
um mundo todo laranja
gotículas de cereja no para brisa do carro
(sombras tatuadas no pescoço do reflexo)
linhas amarelas que se abraçam)
os dedos e as veias são sobras divinas
a malha da blusa é a cerveja gelada.
quando penso deixo de existir
esse é o dia em que deixarei de dormir
(atrás da porta dorme o inimigo)
somos vários, famintos,
formentavamos a sorte quando estávamos
sem gole!!!
(20/11/09)
Matias, Camila, Marcão
(poema à seis mãos...)
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segurei as lágrimas. ficou muito bonito, bonito mesmo. parece o retrato (ou vídeo) de uma breve vida que tivemos juntos.
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